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Cuidados com a saúde oral dos pets ajudam a evitar doenças


Cuidados com a saúde oral dos pets ajudam a evitar doenças
Para identificar se há problemas na boca do animal, a primeira situação a ser observada é a ocorrência de mau hálito




Assim como os humanos, os animais também precisam de cuidados com a saúde oral. E não somente para garantir o hálito fresco e dentes bonitos em cães e gatos, mas principalmente para prevenir o surgimento de doenças. São enfermidades que começam pela boca e que se não forem tratadas podem levar a quadros mais graves.
Segundo o médico-veterinário Luciano Granemann e Silva, sócio-proprietário da Clínica e Hospital Veterinário 24h Cão.Com, de Florianópolis, dentre os males o mais comum é o acúmulo de tártaro.
— É um resíduo de minerais com restos de alimento e bactérias que se deposita sobre a superfície do dente. Pode provocar inflamação na gengiva e acometer doenças tanto na boca como em outros locais caso haja o rompimento de veias — explica.
Outras enfermidades que podem ocorrer são: hiperplasia gengival (aumento na espessura da gengiva), alterações na coloração da gengiva, mau hálito, além das fraturas nos dentes e cáries.
Como identificar problemas
Para identificar se há problemas na boca do animal o médico explica que a primeira situação a ser observada é a ocorrência de mau hálito.
— Este é um bom indício para se buscar atendimento e prevenir possíveis doenças. No entanto, no caso dos filhotes isso é muito comum, pois os dentes estão nascendo e há um cheiro bem característico — orienta. Ele lembra que a aparência dos dentes também deve ser levada em consideração.
Luciano destaca ainda que outras doenças podem gerar mau hálito, como às ligadas à respiração, aos rins e ao estômago, como má digestão, gastrite e refluxo. Por isso é preciso identificar a causa exata para que seja feito o tratamento adequado.
Dicas para a escovação dental
A principal dica para manter a saúde oral dos animais é apostar numa boa escovação. A Associação Brasileira de Odontologia Veterinária recomenda que seja realizada uma vez ao dia. O médico explica que deve ser feita em casa e de maneira sutil, afim de não criar antipatia do animal.
— O ideal é que o tutor associe a escovação a um contato positivo para o bichinho. Para isso, podem ser utilizadas pastas com sabor mais agradável, por exemplo. E com o passar do tempo, o procedimento poderá ocorrer por um tempo mais prolongado — destaca.
Como os animais vão engolir o produto, é importante que sejam utilizados os apropriado para pets.
Extração de tártaro
Além da escovação diária, é necessário realizar a tartarectomia (extração de tártaro), que é feita através da raspagem com cureta odontológica ou equipamento de ultrassom. A recomendação é que seja realizada a cada um ou dois anos.
— Nós fazemos a limpeza com o uso de ultrassom, em que é preciso anestesia geral inalatória. Isso é necessário porque a gente precisa limpar por dentro e por fora dos dentes e o animal tem que estar com a boca aberta o tempo todo, o que seria impossível se ele não estiver anestesiado — explica.
O procedimento demora 50 minutos e faz a remoção total do tártaro, polimento dos dentes (voltam a ficar brancos), além de uma melhora significativa no hálito. O investimento em média é de R$ 700 – incluindo anestesia e a limpeza dos dentes.
—A preocupação dos tutores com a saúde oral tem aumentado, mas ainda há preocupação em relação à anestesia. Aos poucos temos conseguido superar isso — comenta.
Na clínica Cão.com já foram realizados cerca de 4 mil procedimentos deste tipo e nenhum animal apresentou problemas.
Produtos que ajudam na limpeza
Para ajudar os tutores no desafio de manter a saúde oral dos pets em dia, o mercado veterinário oferece diversos produtos, a maioria na forma de pasta, pó, líquido ou de ossinhos.
— Há um produto que pode ser misturado em líquidos ou através de mastigáveis, que são absorvidos no estômago e retornam circulando no sangue diminuindo a quantidade de tártaro — indica.
O médico explica que é importante também ter cuidado com a alimentação. Ele recomenda o uso de alimentos secos, pois eles deixam menos resíduos nos dentes.

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